Hoje em dia, cada vez mais, a mobilidade urbana é pauta das conversas das pessoas. O cotidiano dos grandes centros urbanos e de cidades populosas é de trânsito engarrafado, com poluição ambiental acentuada e a falta de transportes alternativos ou de qualidade.
E, é claro, que isso afeta a população e, por isso, existem lugares que procuram resolver esse problema, contando também com o apoio da população, que busca transportes alternativos como bicicletas, patinetes, carros elétricos e caronas solidárias. Por isso, uma cidade plana sai com vantagem, nesse sentido.
Uma cidade plana, como o nome já diz, é um local aplainado, com o terreno liso na maior parte da sua área, principalmente nas regiões centrais. Além dela facilitar as caminhadas da população, fazendo com que se cansem menos e os idosos não tenham tanto trabalho, ela possui um calçamento de alto padrão, com menos problemas e maior qualidade na sua estrutura, mesmo que, muitas vezes, seja de responsabilidade dos proprietários.
No entanto, o país ainda está longe de ser um exemplo em mobilidade urbana. Os desafios de gestão das cidades são grandes, ainda mais ao tentar conciliar este tipo de planejamento com políticas ambientais e urbanas. Com o crescimento das taxas de urbanização, também se elevam os índices de frotas de veículos individuais, como automóveis e motos, além de veículos de transporte de cargas. E isto é o maior problema da mobilidade urbana: a centralidade no transporte motorizado individual. Este modelo de gestão, com o tempo, vai se tornar insustentável, principalmente com relação à proteção do meio ambiente.
Por isso a importância da cidade plana, que facilita a construção e o planejamento de malhas cicloviárias, criando oportunidades e incentivando a população a utilizarem veículos transportes alternativos, como bicicletas e patinetes e também de se apropriarem de estratégias de mobilidade urbana sustentável. Toda essa organização, em parceria do poder público, iniciativa privada e sociedade civil, colabora com a construção de cidades inteligentes e também preocupadas ambientalmente com o futuro do planeta.
Atualmente, muitos municípios se destacam nesse sentido. Além de incentivarem as pessoas a utilizarem a bicicleta como meio de transporte, constroem calçadas e ciclofaixas para facilitar a mobilidade. No litoral isto é associado ao turismo, principal setor que movimenta a economia das praias.
Itapema, por exemplo, faz parte do Circuito Costa Verde, o primeiro circuito de cicloturismo no Brasil em região litorânea. Com cerca de 270 quilômetros, possui vias conservadas, sinalizadas e sem muitas subidas. Como ele evita rodovias, é ideal para quem quer aproveitar o clima agradável para conhecer mais a cidade e também outras da região.
A viagem conta com 60 praias (badaladas e desertas) repletas de belezas naturais e passa pelas cidades de Balneário Piçarras, Bombinhas, Itapema, Itajaí, Navegantes, Penha, Porto Belo, Balneário Camboriú, Camboriú, Ilhota e Luís Alves. Além disso, é possível fazer o complemento do roteiro com mergulhos, trilhas, voos livres, banhos de cachoeira e passeios de caiaque.
É claro que tudo isso não seria possível se as construções estratégias das cidades não fossem pensadas para tal movimentação. No mundo, a tendência de cidades que facilitem este tipo de transporte e cada vez maior e muitas cidades vêm ganhando destaque. Desde 2011, por exemplo, o The Copenhagenize Index faz o ranking das 20 melhores cidades do mundo para pedaladas urbanas.
O Brasil já esteve presente na lista, durante as duas primeiras edições. Na época, foi representado pela cidade do Rio de Janeiro, no entanto desde 2015 está fora da lista que considera 13 critérios, como infraestrutura, programas de compartilhamento, porcentagem de ciclistas, entre outros. Apesar de estarem longe do ideal, ultimamente as cidades brasileiras recebem bastante incentivo para o ciclismo. De acordo com levantamento do G1 e da GloboNews, nos últimos 4 anos, as capitais do país mostraram um aumento de 133% na malha cicloviária.
O índice de Copenhague, que faz a lista apenas com cidades com mais de 600.000 habitantes, coloca nas cinco primeiras posições: Copenhague, Amsterdã, Utrecht, Estrasburgo e Eindhoven. Na América Latina, a cidade de Bogotá, na Colômbia, fica em 13º e é a única sul-americana que aparece na lista. Conforme o site The Copenhagenize Index, Bogotá é uma cidade ambiciosa com condições difíceis de superar. Ainda tem um longo caminho a percorrer antes de se tornar líder mundial no ciclismo urbano, mas, até agora, está superando outras metrópoles sul-americanas com sua infraestrutura para bicicletas e sensação de segurança.
Além disso, temos alguns exemplos mais próximos que se destacam nesse sentido. No litoral de São Paulo, o município de Santos é considerado uma cidade plana, com clima agradável e que possui uma estrutura eficiente para ciclismo urbano. A cidade tem cerca de 20 quilômetros de ciclovia e não possui espaço dedicado para este tipo de transporte apenas na orla. A malha cicloviária santista interliga várias regiões da cidade e vai da divisa com São Vicente na orla até a área portuária. Outro ponto importante a ser destacado sobre a cidade litorânea é o número de pessoas que atravessam o “Ferry Boat” que liga Santos a Guarujá de bicicleta.
Em Santa Catarina, também temos a cidade de Pomerode, que com pouco mais de 33 mil habitantes, conta com praticamente uma bicicleta a cada dois habitantes, somando um total de 17 mil bikes. Famosa pela colonização alemã, ela apresenta uma arquitetura germânica da cidade atrai turistas de todos os cantos, e a geografia plana e clima ameno o ano inteiro favorece o uso da bicicleta como meio de transporte pela população.
Concluindo, a Bossa Empreendimentos gostaria de ressaltar a importância de investimentos em mobilidade urbana, algo bastante visado em uma cidade plana. Por isso, nós também nos preocupamos e acreditamos na importância de pensar em formas diferentes de mobilidade urbana. Principalmente quando elas estão voltadas para os transportes alternativos e que não poluem o meio ambiente. Pensando nisso, os compradores das unidades do Soul Residence ganharão patinete elétrico para poder curtir a cidade de um jeito diferente e ecologicamente amigável.